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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

"Trilhos do Thempo"

Quando criança, sempre brincava no pátio da Estrada de Ferro Madeira - Mamoré, talves pelo fato de meu pai ter sido funcionário da Empresa, no setor de engenharia e projetos, eu sempre estava presente naquele ambiente, ali era um espaço especialmente mágico, aquela atmosfera misteriosa, o metal das composições oxidando com o passar do tempo, imensas estruturas metálicas pairando sobre minha cabeça, o apito da Maria Fumaça, aquele som de melancolia que ecoava na raiz da minha imaginação fértil de criança curiosa, me transportava para um tempo que transcendia aquele cenário fantástico.
Me recordo, quando íamos eu, meu primo Paulo de Tarso (in memorian) e uma turma de amigos, explorar as redondezas em cima de uma cegonha deslizando sobre os velhos trilhos da Madeira-Mamoré. E nos perguntávamos: Como foi possível alguém construir isto tudo?
Era incompreensível estar ali vivenciando uma história real, de vidas ceifadas no cerne da floresta imponente, traiçoeira e cruel, cheia de vidas sorrateiras e perigos constantes por se tratar de uma região selvagem e inóspita...    
Óleo sobre tela da coleção "Trilhos do Thempo" de minha autoria - 1,20m x0,80cm. Coleção particular.